27.2.11

Artigo 9 - Gênese terrestre

Texto e ilustrações de Clóvis Vieira

Em desdobramento fui a um laboratório. Não distingui, nem fui informado se seria espiritual, físico (como na Terra), físico de densidade mais sutil, ou ambos porque a alta espiritualidade possui poderes de densificação e manifestação em qualquer plano. Estive em três ambientes. No primeiro havia muitos equipamentos sendo que ao centro havia um grande cubo de luz. Havia feixes de luzes em cada face, paralelas a cada face e de diferentes cores. No segundo havia um ser de crânio avantajado trabalhado.



No terceiro havia uma pessoa de características iguais às nossas exercendo o papel de anfitrião, que me apresentava àquele local. Disse-me que eu estava em um laboratório de egenharia genética. Ali eram preparados os genes que dariam formas aos seres que habitam nosso planeta. Ele me mostrou, o que seria uma projeção em 3D, épocas passadas da Terra.
Na primeira projeção, apareceu um ser derivado dos repteis terrestres. Era bípede e ereto. Não pude verificar se possuia ou não cauda.




Perguntei por que a espiritualidade havia desenvolvido um ser humano a partir dos répteis. Ele me respondeu que era o animal que havia na época. Não existiam ainda os primatas mamíferos.
Neste momento surgiu uma segunda pessoa a meu lado, talvez fosse o mentor que me acompanhava. Ele perguntou se era verdade que existiriam espíritos encarnados na Terra que não evoluíam a 130 milhões de anos. Nosso anfitrião respondeu primeiramente corrigindo a data; 125 milhões de anos disse ele, e completou; __ Esses espíritos continuam “fechados em si mesmos”.
No plano espiritual, as informações verbalizadas vêem acompanhadas do que podemos chamar de “compreensão clarividente instantânea”, - para quem gosta de siglas CCI - mas para isso é preciso ter informações anteriores fragmentadas ou não, que naquele momento se encaixam como em um quebra cabeças.
Compreendi os espíritos naquele ciclo evolutivo, há mais de 125 milhões de anos tinham como objetivo, desenvolver o senso de individualidade, a compreensão de “existir” o senso do “eu”. Um primeiro passo para se diferenciarem dos animais de senso coletivo. Outras épocas viriam onde esses espíritos desenvolveriam outras características evolutivas. Contudo conforme nos disse o anfitrião um grupo deles permaneceu naquele estágio evolutivo, não assimilando os posteriores e hoje são aqueles espíritos que só se preocupam consigo mesmos, não são maus, mas indiferentes ao destino alheio. Apesar de evoluir em outros sentidos, permaneceram com essa forte característica. Nosso mentor os chamou de “Espíritos reptilianos”
Em uma outra imagem vi um grupo de seres, agora mais próximos à nós; mamíferos, já que apresetavam mamas. Estes sim, já com características dos primatas. Eram ruivos. As coxas, eram mais grossas perto dos joelhos. As batatas da perna também eram bem grossas. A face era de traços marcados e de cabeça achatada. Estavam nus. Apenas uma pele de animal cobria suas partes intimas a altura da cintura.
Aproximei-me da imagem para verificar detalhes de suas constituições.

Esses seres eram bem próximos aos desenhos mediúnicos que vira anteriormente em outros blogs, reportando-os como lemurianos.  Não tinha referencia para conferir suas alturas, mas segundo os médiuns que descreveram estes seres eles teriam mais de três metros de altura. Em meu desdobramento eles foram chamados de “Acadianos”. O termo Lamúria foi cunhado para batizar o continente que havia no meio do oceano pacifico, devido aos Lêmures, animais existentes na ilha de Madagascar e também no sul da Asia. Textos indianos antigos chamam aquele continente de “Mu”. Não sei qual o nome dado àquele continente pelo plano espiritual. Acádia talvez, ou talvez por um período. Nomes mudam com o tempo.  
Por meio da CCI, compreendi que este ciclo de evolução servia para desenvolver nos espíritos em evolução, o senso de grupo, de família e de comunidade.
Nosso anfitrião disse à pessoa que estava a meu lado – não a mim -:__ Se você quiser poderemos passar todas as informações antropológicas do planeta Terra, mas vai demorar. Bem esses conhecimentos virão no futuro.
Com referencia ao laboratório que visitei, há uma citação no capítulo 3 do livro “A caminho da Luz” de Emmanuel Pasicografado por Chico Xarvier:
FIXAÇÃO DOS CARACTERES RACIAIS
Com o auxilio desses Espíritos degredados, naquelas eras remotíssimas, as falanges do Cristo operavam ainda as ultima experiências sobre os fluidos renovadores da vida, aperfeiçoando os caracteres biológicos das raças humanas. A Natureza ainda era, para os trabalhadores da espiritualidade, um campo vasto de experiências infinitas, tanto assim que, se observações do mendelismo fossem transferidas àqueles milênios distantes, não se encontraria nenhuma equação definitiva nos seus estudos biológicos. A moderna genética não poderia fixar, como hoje, as expressões dos genes, porquanto no laboratório das forças invisíveis, as células ainda sofriam longos processos de acrisolamento, imprimindo-se-lhes elementos de astralidade, consolidando-se-lhes as expressões definitivas, com vistas às organizações do porvir. Se a gênese do planeta se processara com a cooperação dos milênios, a gênese das raças humanas requeria a contribuição do tempo, até que se abandonasse a penosa e longa tarefa da sua fixação.
Relembrando essa experiência, conclui que a evolução das espécies é induzida pela espiritualidade e não espontânea como afirma Charles Darwin. Os animais e o homem evoluem sim, mas dentro de um plano de engenharia genética arquitetado na espiritualidade sob orientação Divina. Criação e evolução; uma realidade para agradar a “Gregos e Troianos”.

Em um outro desdobramento, meses depois, fui levado por um mentor a um local indefinido, para saber como estariam os espiritos reptelianos hoje.

Vi cinco ou seis deles. Pelo que compreendi esses espiritos, se mantém entre as encarnações com as feições conforme a ilustração a seguir.


Evoluiram para feições próxima às nossas, mas guardam resquicios de sua origem.

O mentor disse-me que se fixar-mos o olhar para as pessoas podemos pressentir se um individuo estacionou sua evolução na fase reptiliana ou se evoluiu para outras fases até chegar a atual mamifero/primata/hominimal.


Artigo 8 - Refexões preliminares

Há relatos em várias obras espíritas sobre a existência de “faixas vibratórias” ou características ondulares. A Física quântica identifica que as sub-particulas, estão sujeitas ao mesmo efeito, ou seja, à vibração ondular. Creio que já é um indício do encontro entre a espiritualidade e a ciência terrestre.

Após anos convivendo com essas experiências, e comparando com as de outras pessoas, constatei que não vivemos apenas nesse plano, mas em vários ao mesmo tempo. Em estado de vigília, interagimos com uma realidade através um corpo físico. Ao dormir, manifestamo-nos em outros planos, em desdobamento, onde atuamos em atividades independentes de acordo com o grau de consciência e evolução espiritual de cada um. Neste estado temos a liberdade de escolha sobre a manutenção ou não das lembranças. Evidentemente escolhemos pelo esquecimento, ao menos da maior parte, pois as lembranças interferem nas experiências que precisamos passar no corpo físico.

Certa vez, estando no plano espiritual, observei duas moças se despedindo. Uma dela disse à outra:__ Você virá consciente ou inconsciente da próxima vez? . Daí minha conclusão que podemos escolher o estado do desdobramento. Logicamente os espíritos ou mentores podem também retirar de nossa memória experiências que não deverão ser lembradas no corpo físico.

Em minha proposta pessoal de pesquisar tanto forma quanto conteúdo, adotei uma postura de observador, registrando o conteúdo das experiências e minhas impressões sobre elas, acreditando que compartilhar essas observações, por si só já seria de grande importância.

Artigo 7 - Uma nova física

Qualquer estudo fenomenológico requer uma metodologia dentro de uma base lógica, mas lidar com elementos além da física tradicional é muito difícil, pois essa base lógica – dentro dos parâmetros terrestres - inexiste. Isso não quer dizer que não devamos incursionar nesse campo que ainda está restrita à constatação empírica. Seria possível fazer com que a espiritualidade e a ciência terrena se encontrassem? Seria possível encontrar provas em nosso ambiente físico dos desdobramentos que ocorrem com as pessoas? Seria possível encontrar provas incontestáveis da existência de outros planos dimensionais ou espirituais?

Ao longo de milênios acumulamos conhecimentos que nos fizeram compreender nossa realidade física. Identificamos a matéria e energia como substrato do Universo e descobrimos leis comprovadas pela chamada Física Clássica. Porém, com o surgimento da Física Quântica, novas constatações demonstraram que algumas leis antigas, não valem mais a nível subatômico e novas teorias tornaram-se factíveis. 

Antes do advento da ciência, acreditávamos na solidez dos corpos porque assim o sentíamos, mas descobriu-se que um corpo é divisível em moléculas e entre elas há um espaço vazio. E que as moléculas são divisíveis em átomos e entre eles também há um espaço vazio. E que os átomos são divididos em sub-partículas e entre elas também há um espaço vazio. Ainda não se sabe ao certo se essas sub-partículas também sejam divisíveis porque não existe um feixe de luz menor que elas para vasculhar seu interior, mas se seguirmos a lógica de que tudo o que descobrimos é divisível esta pode, também, ser divisível e assim precisaríamos pesquisar ainda mais no micro cosmos até encontrar a solidez, ou quem sabe nunca encontrar. O que é uma constatação de certa forma perturbadora, pois estaríamos diante do “paradoxo do nada”, existir em um ambiente inexistente. Sendo que a única compreensão possível seria a da “informação”, ou seja, o “Eu” de cada um é tão somente uma informação formalizada por leis do magnetismo de atração e repulsão.

Além da questão da continuação da divisão das sub-particulas, a ciência considera uma incerteza afirmar que elas sejam sólidas porque o ora o elétron se apresenta como partícula ora como onda. Se for partícula fica a possibilidade de ser subdivisível, se for onda encerra-se a discussão sobre a matéria. Nosso Universo seria composto apenas de energia com ondas se propagando sendo que a energia ora se apresentaria etérea e fluídica, ora formalizada em aparente solidez mantida por leis estáveis dimensionadas no espaço -tempo.

Contudo, com o que a ciência já admite a possibilidade da existência de vários Universos paralelos co-existindo.

No chamado “pulo quântico”, o elétron salta de uma órbita a outra como se aquele espaço intermediário não existisse, sendo esse, o fator que levam os cientistas a constatar a existência desses outros Universos.

Aparentemente, nossos sentidos colocam-se à frente da ciência, atestando a existência de outras realidades. Na falta de aparelhos que comprovem sem deixar dúvidas que essas outras realidades existam, creio que devamos agir como sempre em nossa história evolucionária, ou seja, aceitar as evidencias e discernir sobre elas, com o melhor de nosso juízo de valor.

Nós enxergamos, pensamos, sentimos odores, paladares, tatos, nos relacionamos com o ambiente, o que seria tudo isso então. Como seria a “realidade” em seu estado primordial, haveria uma só realidade ou várias? Cada qual com suas próprias leis a partir de configurações energéticas e ondas que não nos chegariam aos sentidos ou que chegariam em sentidos que desconhecemos e cujos sensores estariam em nosso corpo em regiões desconhecidas? E se houvessem sensores tão sutis que passariam desapercebidos pela nossa biologia e seriam eles responsáveis pelo contato com outras realidades? Como determiná-los? Haverá um dia equipamentos capazes de identificar ondas extra-sensoriais? Como estabelecer o juízo de valor sem conhecer na totalidade a natureza desses eventos?

As questões são inúmeras, e carecem de respostas. Então para poder compreender essas “realidades”, sem ter apoio da ciência atual, seria necessário estabelecer como premissa, verdadeiros os fatos desde que ocorressem de forma semelhante com outras pessoas sem contato entre si.

Artigo 6 - Encontro com desencarnados

Meu pai faleceu no inicio dos anos 80 e durante todos esses anos, o encontrei quando em desdobramento consciente por várias vezes. Vou relatar um desses encontros.

Em setembro de 2000, em desdobramento, vi meu pai, minha avó por parte de pai e meu avô por parte de mãe, já desencarnados e minha mãe que ainda vivia também em desdobramento. Meu pai disse à minha mãe que sua partida estaria próxima, que ela não tinha mais o que fazer no plano físico e que  deveria, agora, ir para o plano espiritual. Minha mãe com sua habitual teimosia não queria ir. Depois de muito conversarem ela concordou, mas pediu para ficar até janeiro do próximo ano. Meu pai concordou. Um mês depois minha mãe contraiu uma infecção muito forte, ficou hospitalizada por alguns meses e veio a desencarnar no final de março do ano seguinte, dois meses a mais do prazo que pedira.

Um dia antes de sua partida, em desdobramento consciente, vi um senhor ao lado do leito do hospital onde minha mãe estava lhe dizendo para aguardar que estava sendo preparado um lugar para ela.

Quinze dias depois, novamente em desdobramento consciente, encontrei com minha mãe que estava em uma cama hospitalar, mas agora em um ambiente de outra dimensão. Perguntei-lhe se estava bem e se sua passagem transcorrera com alguma dor. Ela respondeu que foi como se tivesse dormido e acordado ali. Perguntei também se meu pai tinha ido buscá-la. Ela respondeu que sim. Uma senhora que estava a seu lado, disse que ela estava em uma cidade espiritual acima do pólo sul e no momento passava por um tratamento.

Mais um tempo se passou e encontrei novamente com minha mãe agora já restabelecida. Abraçamos-nos e ela me passou mensagens com relação a minha vida, estava acompanhada de outras pessoas que disse ser da colônia onde, agora, se encontrava.

Com o passar do tempo mais encontros ocorreram. Em um deles, encontrei meus pais em um túnel. Do lado contrário a mim, vinham centenas de pessoas e do meu lado outra centena e eles se confraternizavam. Abracei meu pai e minha mãe com um gelo na espinha. Achei que tinha desencarnado e que eles vieram me receber. Há muito relatos de pessoas que saem do corpo em uma situação comumente chamada de “quase morte” e relatam a existência desse túnel. Contudo voltei. Nunca saberei se tive algum problema à noite e passei por esse risco de morte, mas constatei a existência deste túnel.

Para mim, as experiências fora do corpo físico, provaram a existência de vida após a morte física e que outras dimensões são habitadas por nós mesmos apenas em outra configuração energética.

Em minha educação católica, esses assuntos nunca foram abordados, por não fazerem parte da doutrina. Para ampliar meus conhecimentos precisei recorrer aos livros espíritas como já abordei anteriormente.

Esses estudos fornecerem muitas respostas de caráter espiritual, contudo estava interessado também na questão cientifica dos fenômenos e fatos relacionados com essa nova realidade que havia encontrado. Acreditei e ainda acredito que há uma nova física a ser descoberta além das questões éticas e morais que já nos ocupamos dentro do universo da espiritualidade. Essa nova física para nós, não é nova para os Espíritos e em varias ocasiões tive a oportunidade de receber orientações quanto a natureza dela.

Artigo 5 - Desdobrando na crosta

Desdobrar na crosta terrestre significa sair do corpo físico e permanecer ao nível do solo ou pouco acima dele como na experiência em que viajei da Itália ao Brasil. Neste plano encontramos com muitas outras pessoas também em desdobramento. Muitas vezes conhecemos pessoas que no futuro encontraremos, podemos ajudar ou prejudicar dependendo de nossas intenções.

Antes de conhecer este fenômeno, acreditava que os sonhos “eram a realização de nossas frustrações” segundo uma das correntes da psicologia. Era o que eu havia aprendido e que ao sonhar não existia “censura”. Então podia fazer o que bem entendesse a fim de me satisfazer. Comer bolos, doces, ir à praia dentre outros prazeres.

Certa vez, ainda jovem, sonhei que brigara com um ex-amigo com o qual ficara muito magoado. Na briga, ele caiu no chão e eu passei a chutá-lo com muita força em uma determinada região do corpo. Foram muitos chutes. Acordei satisfeito e minha mágoa desapareceu. Bem, para mim era apenas um sonho, jamais faria aquilo fisicamente. Depois de alguns anos, soube que aquela pessoa que eu havia machucado no sonho, contraira uma doença grave justamente no local do corpo onde eu havia chutado com muita força por várias vezes. Disseram-me que ele quase faleceu.

Este episódio revelou que a psicologia não pode atribuir todo “sonho” à uma criação do inconsciente, aliás como podemos afirmar que sonho é uma criação do inconsciente se nossa mente não está no cérebro e ela interage com mecanismos além do físico até então pouco estudados. O que é criação? De onde surgem as imagens desconhecidas? Nossa mente tem a capacidade de “Criar”? Quando digo “Criar” conceituo como produzir a partir do “nada”. Teríamos esta capacidade? Ou nossa capacidade estaria restrita em absorver e reproduzir informações existentes em todo o cosmos, acumulada em nosso inconsciente individual, coletivo ou fundamentealmete no “Supraconsciente” ou seja  “Consciencia Divina” a qual fazemos parte.

Sendo assim, nenhum sonho é uma historia de ficção criada pela nossa mente, é uma vivencia real em outros planos, mesmo aqueles que consideramos não ter nexo. É um processo de interação entre nosso consciente com os inconscientes adjetivados anteriormente, vivenciados em varias realidades seja na perispiritual, na espiritual, ou em níveis mais profundos que no momento, não temos meios para compreender.

Portanto não foi uma criação advinda de um desejo reprimido, minha briga com aquele ex-amigo, realmente fora do corpo eu o prejudiquei. Percebi nessa experiência que ao sonhar, deve-se revestir-se de padrões éticos para não causar danos aos outros e a si mesmo.

25.2.11

Artigo 4 – Fora do corpo

Aos 25 anos, estava na Itália para uma conferência relacionada às minhas atividades profissionais, quando senti “ser arrancado de mim mesmo”.  Senti-me por alguns instantes flutuando sobre o mar. Podia ouvir o som das marolas.  Em um instante, estava na casa de meus pais, sentado no criado mudo. Eles se preparar para dormir. Em outro instante estava novamente sobre o mar. Voltei ao corpo físico. Acordei com um movimento involuntário, meu corpo dobrou-se pela cintura. Meus ombros quase tocaram meus pés. Estava ofegante e assustado.
A partir desta experiência passei a considerar o desdobramento como um evento possível e absolutamente real. E que estava acontecendo comigo.
Com o tempo os desdobramentos passaram a ocorrer com mais freqüência. Ora estava flutuando com o rosto pregado ao teto, ora estava ao lado do corpo físico. Podia observá-lo inerte. Algumas vezes o desdobramento ocorria parcialmente; somente o tronco ou o braço. Quando isso ocorria tentava me encaixar.
Fora do corpo, fazia experiências, como tentar flutuar ou volitar, tentar atravessar paredes ou sentir sua textura como se fossem sólidas ao meu toque. A mente determinava a reação de meu perispirito ao ambiente, tanto físico como espiritual, como veremos mais profundamente nos próximos artigos.
Cheguei a andar pelos telhados. Vi o perispirito de outras pessoas.  Um casal sentado olhava fixo para o horizonte da cidade. Uma mulher estava em um parapeito com uma corda no pescoço, e na ponta da corda havia uma pedra amarrada. Ela atirou a pedra e a corda a puxou para baixo. Ela deve ter acordado abruptamente, assustada com a situação. Percebi que esta saída do corpo, passaria por um pesadelo.  Aquela mulher deveria ter tendência suicida. Pensei.
Andei pelas ruas e vi muitas pessoas fora do corpo sendo obsediadas por espíritos desencarnados. Esses espíritos eram altos e tinham forma grotesca.  Algumas pessoas corriam assustadas, outras pareciam estar hipnotizadas. Essas eram facilmente dominadas por aqueles espíritos. Alguns agarravam as pessoas e as introduziam dentro de si mesmos pelo estomago, na altura do plexo solar.  Espíritos desencarnados se alimentando de espíritos encarnados. Por isso algumas pessoas acordam sem energia. Recomendo nunca dormir sem antes fazer uma oração pedindo proteção ao plano espiritual para atravessar a noite. Fui atacado várias vezes. A oração é a maior proteção. Ao orar os espíritos obsessores são repelidos. Ao nosso redor é formado um escudo invisível que nos protege.
Fora do corpo encontrei amigos, parentes, pessoas públicas, encarnados e desencarnados. Espíritos diversos.  mentores que me orientaram nos diversos ambientes que estive. Esses mentores também me passaram mensagens, as quais registrei. Estive com Anjos e Arcanjos, com Jesus e Maria sua mãe. Estive com seres de outros orbes (planetas). Coletei informações sobre ética e moral. Recebi informações cientificas. Passei diversas vezes por tratamento médico e colhi informações sobre minhas vidas passadas. Muitos eventos são de caráter particular, mas a maioria é de interesse geral, estes eu compartilho neste blog.  

Artigo 3 - Primeiras experiências fora do corpo físico

Experiências fora do corpo e sonhos se confundem. Em alguns casos podemos ter certeza que passamos uma experiência de desdobramento devido a consistência ou proximidade com a realidade tal, que pensamos estar acordados.  Contudo, muitos de nossos sonhos são experiências de desdobramento, mesmo aqueles cujo conteúdo é metafórico.
Levei anos de minha vida para compreender, não totalmente e muitas dessas experiências, continuam envoltas em mistério e dúvidas.
Na infância e adolescência tinha um “sonho” recorrente.  Saia pelo portão de minha casa e tentava voar. Conseguia atingir alguns metros, mas não ultrapassava os fios de eletricidade, às vezes me entrelaçava neles. Hoje sei que não eram sonhos tal qual estamos acostumados à concebê-los.
Para distinguir os sonhos comuns das experiências de desdobramento procurei me nortear pelas sensações durante a experiência, pela ligação com a realidade física e pela importância do conteúdo.
Dois casos marcaram minha vida. Os acidentes com as naves Apolo 13 e Challenger. Sonhei com o acidente de ambas, alguns dias antes. Nos dois casos fiquei alarmado, pensei em contatar a NASA. As experiências tinham sido muito intensas  mas nada fiz. Sabia que não acreditariam em mim. No caso da Challenger a visão foi de impressionante semelhança com o que aconteceu de fato. Até o desespero das pessoas que estavam nas arquibancadas assistindo ao lançamento, presenciei. Enquanto olhava aqueles rostos desesperados e sofridos, ouvia uma voz, como de um alto falante que dizia: “O programa espacial americano  sofrerá um retardamento”.
Ao longo da vida os desdobramentos tornaram-se  cada vez mais constantes. A partir de 1990 passei a documentar. Como sou desenhista, fiz ilustrações de muitas dessas experiências.
Conheci, através do desdobramento, o mundo espiritual e seus planos. Entrei em contato também com seres de outras dimensões. Foram-me revelados  e explicados muitos eventos passados e futuros, pessoais, familiares e da humanidade.
Pouco divulguei dessas experiências. Acredito que elas possam corroborar com as discussões sobre nossa odisséia existencial.


17.2.11

Artigo 2 - Desdobramento

Ao dormir nosso perispírito se desloca do corpo físico. Costuma-se atribuir este fato como sendo um fenômeno, mas na realidade é uma atividade natural, que ocorre com todas as pessoas.
O perispírito pode ficar flutuando ao lado do corpo em estado de dormência ou desperto ao lado do corpo; pode sair do quarto, ir para a rua ou para outra residência; pode também se encontrar com parentes, amigos desta ou de outras vidas, encarnados ou desencarnados, pode receber mensagens  e orientações do plano espiritual; pode visitar os umbrais ou dependendo do estado vibratório planos mais elevados; pode participar de cursos e palestras no plano espiritual; pode participar de grupos de socorro aos irmãos que se encontram em dificuldades no plano espiritual.
As pessoas podem  ou não lembrar dessas “viagens noturnas”,  muitas vezes são confundidas com sonhos, as vezes o grau de realidade é tanta que a pessoa pensa estar acordada.
O desdobramento é fundamental para nossas vidas. É um conforto para o espírito que vive no plano físico, longe das liberdades que o plano espiritual proporciona.
Quando o individuo lembra dos desdobramentos, total ou parcialmente, e se une ao plano espiritual com finalidade de colaborar com o trabalho dos espíritos junto ao plano físico, se desenvolver trabalhos em conjunto visando a evolução da humanidade, este individuo é considerado um médium de desdobramento.
O desdobramento ocorre também quando uma pessoa está sob o efeito de anestésicos ou em estado de coma.
Há muitos relatos de pessoas que passaram pelo estado de quase morte “EQM”. Elas testemunham estar flutuando na sala de cirurgia, ou estarem em outros ambientes descritos de várias formas. Há vários relatos de pessoas que encontram parentes desencarnados, que lhes orientam voltar. A “EQM” é reconhecida por todas ou quase todas as religiões.  Cientistas que estudam a “EQM” estão passando a considerá-la uma prova da existência da vida após morte do corpo físico, já que no momento da “EQM” o cérebro não está em atividade.
A Bíblia contém vários relatos de desdobramento.
Os artigos contidos neste blog são baseados primeiramente em experiências obtidas em desdobramento, adicionadas com pesquisas, considerações e confirmações obtidas com outros médiuns.
(Postado por Clóvis Vieira)

3.2.11

Artigo 1 - Cérebro não é mente

Os cientistas relacionam a atividade mental, como sendo de origem cerebral. Com efeito, as atividades mentais são processadas pelo cérebro, mas isso não prova que ali está a natureza de nossa condição mental. Seria o mesmo que afirmar que o processador de um computador fosse responsável por toda a atividade computacional. Sabemos que não é assim. O processador apenas operacionaliza os estimulos recebidos e distribui a informação de acordo com o programa; com a memória residente em disco fisico ou virtual (via internet); com a caracteristica do software residente ou virtual (via internet) e com a intervenção do ser humano que opera o conjunto. 
A ciência aceita que é possivel uma transmissão à distancia entre equipamentos de comunicação, mas não aceita a comunicação entre os seres humanos encarnados ou não. Também é compreensivel já que ciência trata apenas das forças possiveis de serem medidas por equipamentos, ou seja, as energias de maior densidade.
Como a realidade espiritual é formada por energia sutis, os equipamentos não captam ou captam muito pouco, o que faz com que os cientistas não possam credenciar a existência do mundo além daquilo que chamamos de matéria.
O cérebro morre assim como o processador se danifica, mas o conteúdo permanece existindo fora dele. Nesta ótica, a ciência deve se omitir com relação as atividades mentais que contemplam comunicação e interação com o mundo espiritual ou interdimensional.
Portanto a mente existe independente do cérebro. O cérebro e outros orgãos do corpo somente são necessários enquanto o espirito, dele se utiliza para manifestar-se neste plano fisico. O cérebro tem prazo de duração, a mente não.