As experiências de desdobramento consciente ampliaram minha concepção existencial. Em nosso ambiente físico, fazemos nossa história evolucionária recheada de conflitos. Raramente experimentamos momentos de paz. Sentir-se inseguro quanto ao futuro torna-se parte da natureza humana. Apenas pela Fé é que subsistimos, ansiando pelo tempo vindouro de equilíbrio e harmonia global.
Ao penetrar no plano espiritual através do desdobramento encontrei uma realidade não muito diferente da nossa. Lá, conflitos também existem.
Quando encontrei o arcanjo Miguel. Ouvi uma voz dizendo:
__ Pergunte-lhe sobre a luta com Lúcifer.
Extasiado com o encontro, não consegui falar nada, apenas senti vontade de reverenciá-lo.
Algum tempo depois, passei a pensar sobre o episódio que conhecemos por “A queda de Lúcifer”. Até então não havia me deslocado a um ambiente previamente programado, como já relatei o fenômeno sempre ocorreu espontaneamente. Desta vez, então, tentei me deslocar, programando o destino; algum local em que eu pudesse obter informações das atividades luciferianas. Mentalizei antes de dormir em fazer esta viagem. Após alguns minutos, semidisperto, veio-me um aviso:
__ Não vá! As energias são muito fortes para você.
Desisti e deste dia em diante não mais pensei sobre o assunto.
Passado mais algum tempo, em desdobramento espontâneo, cheguei a uma cidade espiritual no Umbral Grosso. Parecia noite de tão escura a atmosfera. Mas havia iluminação tênue. Vi homens, vestidos com calça escura, camisa branca e gravata. Eles se dirigiam a um determinado edifício e entravam por uma larga porta. No andar térreo havia um salão onde eles se sentavam à inúmeras mesas. Cada mesa havia um recepcionista com as mesmas características. Já na entrada havia uma recepção simpática e calorosa. Um dos recepcionistas se aproximou e, sorridente, me convidou a entrar. Neguei por intuir que, lá, nada haveria de bom, apesar da aparente cortesia. Afastei-me devagar, passo a passo para não despertar nenhuma reação contrária. Outros homens passavam por mim e entravam. Senti que estava sendo observado com desconfiança. Um pouco mais distante, procurei me afastar dali. Flutuando passei por um prédio de cor verde musgo, de arquitetura austera. Não sei como, mas sabia que aquele era o principal prédio daquela cidade. Fixei meu olhar no prédio tentando transpassar minha visão pelas paredes e saber o que havia dentro dele. As paredes tornaram-se transparentes aos meus olhos. Observei dentro do prédio uma grande sala com teto alto e ao centro uma grande mesa com várias pessoas reunidas. Na cabeceira da mesa, por entre cortinas, se estendia uma enorme bandeira com a suástica nazista. Fiquei irritado e gritei:
__ Assassinos! Mafiosos!
Como resposta, do prédio saiu um raio luminoso de cor verde que me atingiu no abdome (Plexo Solar). Senti dores terríveis, nas pálpebras, na cabeça, principalmente nas têmporas e ânsia de vômito, parecia estar com a boca cheia de uma “pasta amarga”. Flutuei de costas empurrado pela força do raio (fig. 17). Acordei sobressaltado. Era madrugada, olhei o relógio, marcava 3 horas. Levantei cambaleante. Ainda sentindo forte ânsia de vomito; Fui ao banheiro, abri a tampa do vaso sanitário, esperando vomitar, mas nada saiu de meu estomago, contudo a sensação e as dores não passaram. Voltei para a cama me contorcendo e arrependido com minha imprudência.
Evidentemente, mesmo tendo desistido da primeira vez, à vontade de conhecer o episódio sobre Lúcifer foi mais forte, mesmo sendo alertado a não ir, fui e deu no que deu.
Jamais havia passado por experiência tão terrível. Já tinha visitado áreas trevosas nos umbrais, mas nunca fora molestado com tamanha força.
As dores perduraram ainda por alguns dias.
O interesse sobre tal local permaneceu, e procurei por muito tempo unir informações, fazer analogias para saber o que eram e o que pretendiam aqueles grupos de espíritos, habitantes dos mais profundos e densos umbrais e aparentemente desligados ou desalinhados das hostes divinas.
Pensei por muito tempo e cheguei a muitas conclusões. Aqueles espíritos que para lá se dirigiam em desdobramento ou não faziam parte ou estavam se alinhando àquele grupo cujos objetivos não eram os mesmos dos espíritos de luz. Lá havia dois grupos distintos, de duas naturezas diferentes; os primeiros que vi, os “engravatados” e os que estavam dentro do edifício sede “austeros” (que cultuavam o nazismo). Os que estavam fora do prédio, por estarem de calça escura, ser pastores de novas igrejas cristãs. Gostaria de fazer neste momento um adendo, para que não fique caracterizado os pastores estariam enquadrados nesse grupo, não seriam todos seus membros, mas uma parte deles.
Devido essa experiência estar relacionada ou motivada no meu interesse em conhecer sobre a “Luta com Lúcifer” procurei inicialmente estudar o Apocalipse de João que relata esta luta escatológica. João escreveu este livro depois de acessar outras dimensões em desdobramento consciente.
Encontrei também outro livro, este psicografado por João Nunes Maia “Francisco de Assis” ditado pelo espírito “Miramez”.
Essas leituras forneceram grandes subsídios para que eu pudesse compreender onde estivera, quem eram aqueles espíritos e o que pretendiam.
O livro “Francisco de Assis” relata que um grupo de espíritos, dentre os mais malignos do planeta, foram confinados por mil anos em uma cidade espiritual chamada “A cruzada”. Este período de confinamento perdurou de 100 DC à 1.100 DC.
Este episódio dos “mil anos de confinamento” também está relatado no livro do Apocalipse geralmente traduzido erroneamente como “Final dos tempos”, o que leva a maioria das pessoas pensarem que este confinamento ainda está por acontecer.
A palavra “Apocalipse” quer dizer na verdade “Revelação”. Uma revelação vinda por meio do apóstolo João dos acontecimentos posteriores à volta de Cristo ao plano espiritual depois de sua missão terrena. Esses acontecimentos, descritos no apocalipse vem ocorrendo ao longo dos milênios, sendo que a maioria das revelações já aconteceu. Esses acontecimentos não ocorreriam se o mundo tivesse aceitado e assumido os postulados de Jesus.
Em um dos trechos do apocalipse, João relata:
“A Besta e o Falso Profeta que foram lançados no fundo do abismo e jogada a chave fora, seriam libertos por algum tempo”. “O homem inteligente que calcule, pois o nome da Besta é um número e o número é 666”
No livro “Francisco de Assis”, Miramez informa que a cidade espiritual onde foram confinados esses espíritos era em forma de uma suástica nazista, dividida em quatro áreas. Uma dessas áreas era governada pelo espírito que veio a encarnar Hitler.
João Evangelista identifica alguns grupos que se tornaram inimigos da humanidade pretendendo subjugá-la. Esses grupos são os representados pelo dragão, pela besta e pelo falso profeta.
O livro do Apocalipse é carregado de símbolos e metáforas dificultando seu entendimento, mas com discernimento e ensinamentos vindos dos planos espirituais, seja por desdobramento, psicofonia ou psicografia podemos plenamente compreender essa questão.
As forças divinas têm por características o livre arbítrio, a solidariedade, a compaixão e o amor. Evidentemente as características das forças do dragão, da besta e do falso profeta são opostas, a saber: a coletivização, a dominação, a crueldade e desprezo. Nos primórdios da humanidade havia liberdade Não havia nenhum sistema de dominação, as sociedades eram igualitárias e não de castas como hoje. Mas com o passar do tempo, desevolveu-se um sistema social organizado e complexo. Para que este sistema pudesse subsistir seria necessário regras e obediência à elas. Surgiu então o “Estado”.
O Estado, por natureza vive para si mesmo. A comparação de João, do Estado como sendo a de um dragão, é bastante apropriada. Este arquétipo representa bem um ser poderoso pronto a devorar de quem dele se aproxime. O Estado é aético e amoral. Um individuo não pode matar outro individuo, mas o Estado pode. Roubar, corromper, escravizar e não há nada na terra, acima do Estado que possa controlá-lo, a não ser outro Estado mais forte ou um Ditador, que domine este Estado. Só recentemente é que a humanidade está empenhada na árdua tarefa de transformar o Estado em servidor do povo. Mas nem sempre foi assim.
Durante milênios, Deus conduziu a evolução da humanidade equilibradamente e sem carências, em uma época em que as comunidades humanas viviam em igualdade e equilíbrio com a natureza. O ser humano, caçava, pescava, colhia frutas, criava animais e o excedente era trocado com outras comunidades. Não havia dinheiro nem tributos.
Mas o Estado surgiu e com eles a necessidade de manter uma administração, fortificação e exércitos. Sendo necessário que o povo passasse a sustentá-lo. Quem não cumprisse com as determinações do Estado era ou ainda é preso ou morto.
João ser refere à besta como portadora de um poder maior ainda. A Besta é uma pessoa ou um grupo de pessoas que dominam o Estado. Houve e ainda há muitos deles no mundo. Mesmo nas democracias há pessoas identificadas ou não que dominam os deputados, presidentes, governadores, juízes, militares, jornalistas, enfim toda pessoa ou grupo de pessoas mais próximas aos poderes constituídos.
João escreveu:
“ Muitos dirão: Quem tem poder contra a Besta?”
João identificou a besta de sua época personificado na figura do imperador romano especialmente na dinastia Claudiana cujo maior deles foi Nero. Seu nome um número. Só os romanos tinham nomes que eram oriundo de números, Terço, Quintos, Quintilhos, Sextus, Otaviano, Otavio e Nero. O número atribuído à Besta é 666. Aplicada a gematia - Atribuições de números às letras em Hebraico, O nome de Nero corresponde ao número. Muitos religiosos ainda esperam a vinda deste anticristo, mas ele já existiu, mas pode ter reencarnado varias vezes e ainda reencarnar novamente enquanto este ciclo não se encerre. Contudo muitos anticristos podem ser identificados tomando-se o exemplo de Nero. Muitos governantes são iguais à ele.
Antes da existência dos estados e dos ditadores, a humanidade se submetia somente ao poder espiritual, intermediados pelos sacerdotes. Entre os Hebreus, Deus era intermediado pelos profetas, e em uma fase posterior surgiram os sacerdotes que propagavam os escritos e enunciados dos profetas.
Para dominar totalmente a humanidade, o dragão e a besta precisaria também cooptar a mente religiosa do ser humano. Mas como? Os verdadeiros profetas, jamais seriam enganados e nunca dariam anuência à um poder que não viesse de Deus. Estes sabiamente e perfeitamente orientados pelo plano divino sempre se opuseram a qualquer grupo que pretendesse desviar a humanidade do plano Divino.
Então para completar o plano de dominação da Terra, os espíritos das sombras desenvolveram um plano para preparar espíritos, tanto no ambiente físico, quanto no umbral grosso, que se ocupassem da religião, mas com distorções, de tal forma que incorporasse a submissão ao estado e seus ditadores mesmo que fossem iníquos. Esses falsos profetas desfrutariam dos mesmos e grandes privilégios dos membros do estado. Quanto aos verdadeiros profetas, estes deveriam ser desacreditados, perseguidos e mortos.
Atualmente há uma amálgama de religiosos falsos e verdadeiros. Jesus nos orientou como identificar os falsos dos verdadeiros, os falsos sempre estão ao lado do estado e até fazendo parte dele, atingem notoriedade e são ricos. Os verdadeiros ocupam-se com a caridade e sempre estão ao lado dos excluídos da sociedade e denunciando a opressão estatal onde ela ocorre.
A besta, o dragão e o falso profeta, atuaram até o ano 100 DC infiltrando-se nos povos e criando estados opressores e cruéis, inclusive entre os Judeus.
O período em que foram proibidos de reencarnar, é chamado pela história de Idade Média ou Idade das Trevas, já que não houve fatos históricos considerados relevantes. Bem, apesar de haver conflitos, não houve escalada genocida ou perigo da humanidade se autodestruir. A história vive desses fatos, mas houve desenvolvimento harmonioso da espiritualidade, das famílias e comunidades.
Após o ano 1100 DC, com a autorização divina para reencarnar, eles se infiltraram nas famílias mais ricas, nas de maior poder e na Igreja.
Imediatamente promoveram as cruzadas, uma verdadeira carnificina contra o povo muçulmano. Promoveram também por meio do tribunal de inquisição a perseguição ao povo Judeu e todos aqueles que se opunham ao poder dos reis e da igreja, ou pensasse de forma diferente. Para o dragão a besta e o falso profeta, ninguém pode pensar diferente. Eles exigem obediência cega à seus preceitos.
Hoje; os espíritos luciferianos estão infiltrados em todas as nações, em todos os organismos internacionais, nas igrejas, tanto católicas quanto evangélicas, em universidades, nos bancos, empresas, sociedades secretas e trabalham para cada vez mais afastar a humanidade de Deus. Homens iguais a Nero, Hitler, e outros que a historia não registrou.
Não é difícil identificar esses espíritos, tanto encarnados quando desencarnados; eles não possuem sentimentos, são indiferentes ao que acontece com o outro, inclusive com os da própria categoria, não há amizade entre eles, apenas o interesse os mantém unidos.
Todas suas ações visam criar sistemas coletivistas onde o individuo passa a ser apenas uma peça de uma corporação. Não respeitam a individualidade, a liberdade de pensamento e a livre expressão de cada pessoa, tratam-nas como marionetes e são classificadas no nível de suas subserviências, aqueles que têm senso critico são excluídos e combatidos.
O mundo que querem construir pode ser comparado à um formigueiro que subsiste apenas em função da rainha.
Este grupo de Espíritos implantaram a milênios um sistema que fizesse com que o estado e seus ditadores pudessem controlar melhor a humanidade; O sistema monetário foi introduzido, substituindo o escambo (sistema de troca). Quando havia escambo qualquer pessoa que produzisse um bem podia comercializar, mas com o novo sistema, só quem possuísse o dinheiro é que poderia comercializar.
João escreve no Apocalipse:
“E só poderá comercializar quem tiver a marca da besta.”
Atualmente quem não tem dinheiro não pode comercializar, quem não tem a “marca da Besta” está fora do processo econômico.
O dinheiro, a principio era a moeda, em prata, ouro, cobre, bronze ou níquel. Hoje cartão eletrônico e no futuro um chip implantado no corpo do individuo.
A energia do dinheiro tomou conta da humanidade, só se pensa nisso, passa-se o dia, a semana, o mês, o ano enfim a vida toda atrás dele. Tudo está relacionado ao dinheiro. As pessoas podem até dizerem-se amigas, companheiras, irmãos, mas quando há dinheiro envolvido, as relações mudam. As pessoas dificilmente emprestam dinheiro, e se emprestarem não perdoam as dívidas. Jesus alerta sobre isso:
“Não dê as costas a quem te pede emprestado.”
“Perdoai as nossas dividas, assim como perdoamos a nossos devedores.”
Por mais cristão que se seja, parece-me que o mais difícil ou impossível, é alguém perdoar uma divida. Precisamos nos lembrar que quando estivermos diante de Deus vamos pedir que todas as nossas dividas com Ele sejam perdoadas. Mas Seu critério será o nosso critério. Sua consciência será a nossa consciência, se não perdoarmos nesta vida não sermos perdoados na outra.
A economia foi eleita como o principal motivo de existência planetária. As forças luciferianas movem-se para controlá-la e por ela é que procuram dominar o mundo. Os espíritos que vi em desdobramento na cidade da “Cruzada” são almas que estão se entregando às diretrizes das sombras. Estão formando um exército universal. Agora não são mais soldados de Nero ou soldados de Hitler, são “homens de negócio” e “falsos religiosos. Não vêem no próximo, um irmão, mas um possível cliente ou um proselito. Se possuir dinheiro será bem tratado, ao contrário, será desprezado.
Se uma pessoa não paga uma dívida, fica impedida de comercializar e muitas vezes de conseguir emprego, seu nome vai ser inserido nas diversas listas de pessoas inadimplentes. São classificadas demeritamente como pessoas com “nome sujo”. Na realidade são vitimas de um sistema que as incitam a consumir, mas não as educa quanto a controlar seus ganhos e gastos.
Quem não tem a marca da Besta, está excluído da vida. Esse exército luciferiano tomou conta das empresas, dos bancos, dos governos, e especialmente das empresas do mercado de capitais que especulam com a moeda traficando informações, forçando a maquiagem de balanços, dentre outros expedientes para criar uma falsa riqueza se necessário. Eles nunca perdem.
É a moeda pela moeda, não importa mais a produção que ela representa, nem o ser humano que a detém. O cofre é o templo desses arautos de Lúcifer que tratam o ser humano como “gado” comprando-os e vendendo-os como “peixes” através da corrupção dos governantes.
“A Besta e o Falso profeta são aliados”; “O Poder econômico” e a “falsa religião”. Governos, Bancos, empresas, pastores e sacerdotes que visam apenas dinheiro e poder.
Para enfrentar os luciferianos, será preciso criar uma nova forma de viver sem a dependência da economia clássica. A humanidade tem esse direito mesmo que o Estado proíba. Jesus quando esteve conosco apontou o caminho, e os primeiros cristãos entenderam; vivendo em comunidade, dividindo e partilhando tudo, como relatado no livro Atos dos Apóstolos.
“E vendendo tudo o que possuíam colocavam na bolsa comum e cada um retirava de acordo com suas necessidades, e nada lhes faltava”
Esse modelo de Igreja tem a capacidade nos salvar. Os padres, freiras, monges de vários cultos o praticam. Mas torna-se necessário as pessoas comuns também participem com o mesmo nível de partilha das primeiras Igrejas.
Para Deus, se um de seus filhos tiver maior capacidade de auferir renda, não quer dizer que ele tenha o direito de concentrá-la. Deus espera que ele divida com seus irmãos que porventura foram impedidos pelo mundo de ter a mesma oportunidade. A justiça de Deus é diferente da justiça dos homens, lembremo-nos da parábola da vinha. Para Deus, não importa se nós trabalhamos a mais ou a menos, se o trabalho é mais ou menos importante, os ganhos devem ser iguais. Quem não concordar, estará distoando do próprio Evangelho.
O planeta tem espaço para que possamos formar comunidades como as iniciadas pelo apóstolo Pedro, retomadas por São Francisco de Assis porque é essa a vontade de Deus; porque é assim se viverá depois da separação do joio e do trigo. E quem não souber viver assim estará apartado dos Céus.
As forças de Cristo precisam se levantar e lutar contra a próxima investida dos espíritos luciferianos. Precisam fazer com que o mundo não seja guiado pela economia e pelos economistas. Porque nas próximas décadas ocorrerá o desfecho desta batalha escatológica. Nosso papel é escolher de que lado ficar. Do lado de Deus ou do lado do dinheiro (Mamon). Contudo é extremamente difícil mudar as relações econômicas e sociais da noite para o dia, mas é possível iniciar um processo de transformação mesmo que essa mudança seja lenta. Mesmo que o objetivo final venha a longo prazo, os benefícios poderão ser observados, apenas na conscientização da mudança. Evidentemente a mudança total só ocorrerá depois do final do processo expiatório na Terra.
É certo que não podemos saber exatamente quando ocorrerá o dia da separação do joio e do trigo, mas temos sinais. A Terra está definhando pela ganância do homem. O que nos faz crer que o momento se aproxima.
Não me recordo à data, mas foi no ano de 2000, em um desdobramento, um anjo se aproximou e disse: __ Esta geração, não verá Cristo fisicamente, mas a próxima sim.
Em outro desdobramento – 25 de agosto de 2003 – um outro anjo apareceu e disse: __ A luta contra anticristo se dará em 2035. A letra "Z" o identificará. 15 será seu número.
Outro anticristo, outra luta em 2075 contra o "Grande Ditador".
È possível que a identificação do primeiro anticristo dar-se-á pelo número de letras de seu nome 15 letras, sendo que neste nome, a letra Z, terá muita força. Talvez seja um símbolo ou ambos. Lembramos que anticristo, é todo aquele que se interpõe à seus ensinamentos e sua vontade. Nós mesmos podemos ser anticristos quando não agimos de acordo com o Evangelho. Procuro pensar sempre assim: O que Jesus faria no meu lugar, neste momento em que preciso tomar uma decisão? Será que ele tomaria a mesma que a minha? Contudo existem aqueles anticristos que são os expoentes máximos da contrariedade de Jesus; ricos; poderosos; vaidosos e, sobretudo senhores da guerra e genocidas, sem sentimentos nem para com seus pares, como foi Nero e Hitler. Pessoas intolerantes que querem fazer prevalecer seus desenhos e ideologias sem reconhecer a liberdade de outras pessoas e outros povos.
Quanto às datas, penso que são datas onde esses anticristos estarão no ápice de suas investidas contra a humanidade e esta terá plena consciência de quem são e o que representam, mas suas atuações poderão se iniciar muito antes. Precisamos ficar atentos, e se possível lutar contra eles no inicio para que não atinjam seus objetivos, ou que estes sejam minimizados.
Segundo os anjos, grandes transformações se aproximam. De que valerá nossas propriedades, nossos tesouros? Nada. Absolutamente nada. Só teremos o que guardarmos em nossa alma. Precisamos lutar para salvar a humanidade como um todo e não pessoalmente como pensam, inclusive, muitos cristãos, que reduziram a Bíblia, tão somente a um livro de auto-ajuda.
Certa vez em desdobramento, tive uma visão. Vi um livro aberto, nele havia a figura de um animal. Cabeça de rinoceronte, corpo de elefante e asas de águia. Uma voz falou:
___Assim será o novo homem a habitar a Terra.
Por muitos anos refleti sobre aquela metafórica figura, chegado inclusive a discuti-la no centro espírita em que trabalho. As asas de águias parecem referir-se à condição de uma verdadeira liberdade. No atual ciclo não temos, por exemplo: o direito de expressar nossas idéias livremente sem estar sendo submetidos à censura de dezenas de opiniões e atitudes contrárias motivadas por uma intolerância latente. Não podemos, também, parar de trabalhar um dia sequer sem sermos penalizados. Sim, temos a liberdade de escolher um novo trabalho, mas não conseguimos viver sem trabalhar. Os patrões agem como nossos proprietários nos assediando moralmente e nos ameaçando o tempo todo. Um atraso já é motivo de acusações e malversasões. Como a figura indica, no próximo ciclo seremos livres. Idéias poderão ser trocadas livremente acelerando nosso processo de aprendizado. Somente um auto-controle ético e moral serão nossos balizadores. Nosso trabalho será útil em todos os sentidos. Não será um trabalho escravizante, ao contrário, será produtivo e criativo. Será motivo de prazer e satisfação. A liberdade deverá também se estender à escolha do local de moradia, comunidade ou tipo de ambiente ao contrário de hoje em que vivemos confinados à ambientes determinados pelo nosso nível salarial.
Quanto à metáfora do corpo de elefante e cabeça de rinoceronte, cheguei à dois conceitos, que podem não serem esses, mas salvo melhor juízo ficarei com eles por enquanto.
O corpo de elefante deve ser uma referência à saúde, vigor e força física. No atual ciclo somos acometidos de diversas doenças, passageiras ou crônicas, graves ou não que interrompe nossas atividades. Utilizada pela espiritualidade, para nos recolocar no melhor caminho evolutivo, não será mais necessária no próximo ciclo porque não teremos mais o que “purgar”. Já teremos deixado para trás os desejos humanos e os vícios, pequenos ou grandes que nos fazem estacionar em nossa jornada a caminho da luz. Doenças, então não fariam mais parte de nosso cotidiano.
Por fim a “cabeça de rinoceronte”. Este animal tem uma característica singular. Quando se sente ameaçado ele mira e ataca o possível inimigo em linha reta. Ele foca e parte para o ataque. Creio, então, que no próximo ciclo seremos assim: “focados nos objetivos” diferente de hoje onde a motivação é o “prazer e satisfação imediata” o que nos deixa entorpecidos por atividades outras que não o aprimoramento pessoal, social e espiritual. Nem sequer abordamos isso em nosso dia a dia. Estamos em uma corrida desenfreada pelo dinheiro e todo o prazer que ele possa oferecer. Quando não se está trabalhado, se está gastando e usufruindo dos bens adquiridos. Deixamos que os vícios tomem conta de nós. As vezes desencarnamos por eles. Entretenimento desenfreado, jogo, fumo, comida, bebida e sono em demasia, sexo descontrolado, internet mal utilizada, vídeo-game em excesso, drogas. Essa busca pelo prazer imediato não haverá mais. Estaremos no próximo ciclo focado nas atividades que nos façam conhecer melhor a nós mesmos e que desenvolvam nosso relacionamento interpessoal. Já não haverá espaço para desvios. Essa conduta revelará uma satisfação que não é passageira e sim plena. O verdadeiro prazer de se estar integrado à obra da criação.
Ainda sobre o próximo ciclo e final deste, tive, ao longo da vida, visões em desdobramento sobre o final dos tempos. Deus me possibilitou uma antevisão dos acontecimentos vindouros. O resultado daquilo que construímos com nossa ganância, insensibilidade e insensatez resultando na desintegração da raça humana. Nessas visões sempre havia a destruição física de nossa sociedade tal como a conhecemos, sempre por intempéries da natureza. Inundações, ondas gigantes, tremores. Mas sempre havia um exército de espíritos de luz socorrendo e consolando as pessoas.
Vejo a separação do joio e do trigo não como castigo, mas como salvação. É a mão estendida de Deus propiciando novos caminhos e oportunidades à toda a humanidade.
Foi-me revelado que a separação se dará assim: um escolhido para nove separados. Em uma experiência de ante-visão daquele momento – ou uma visão do que já estaria acontecendo-, vi aqueles que estavam sendo transmigrados para outros mundos. Tristes e cabisbaixos eram acompanhados em sua jornada por uma multidão de espíritos de luz. A estes lhes era dito para não se angustiarem nem se entristecerem pois onde quer que estivessem, Deus estaria com eles os amparando e motivando. E que nunca iriam para um local pior que o daquele que já viviam aqui na Terra.
Vi também os escolhidos sendo elevados aos céus. Dentre eles os que sorriam orgulhosamente com sua situação de vitória caíram no meio do percurso. Vi também aqueles que humildemente oravam pelos excluídos e também motivados por um temor de que nada é definitivo, serem enaltecidos em glória com uma frase que apareceu em um livro aberto:
“São pessoas como vocês que fazem o Universo ir e vir”
Em outra ocasião, tive uma visão, onde estava centenas talvez milhares de pessoas. Ouvi uma voz. que disse: __ Deus não gosta de grandes multidões, Ele quer um trabalho em pequenos grupos.
Essa revelação demonstra que o trabalho de elevação da consciência só pode ser feito pelo conhecimento, e a forma mais eficaz é aquela em que as pessoas possam se manifestar trocando idéias e experiências. Grandes multidões e aglomerações só servem para demonstração de poder e intimidação. Hitler utilizava esse método. Reunia milhares de pessoas para ouvi-lo falar. Ele propagou a idéia que o povo não precisa pensar que essa tarefa era do Estado. As forças de Lúcifer agem assim, pela inconsciência das pessoas e lhes retirando o senso critico como já abordei, mas quero reiterar esse aspecto para que possamos estar atentos e vigilantes.
Grandes aglomerações motivam a “emoção” com cânticos, louvores e êxtases, mas a emoção é passageira e não cria raízes na consciência. Não confundir emoção com sentimentos, estes são duradouros e devemos cultivá-los.
Em outro desdobramento, um espírito me disse: __ As forças do cordeiro na Terra estão fracas, elas ainda se vestem de laranja.
Creio que esta revelação é a mais dolorosa para todos nós que nos consideramos cristãos. “laranja” é o termo utilizado para aqueles que o são de direito, mas não o são de fato. Muitos empresários utilizam pessoas que apenas fornecem o nome sem exercer de fato as funções para as quais são designados. “Laranjas” deriva da mistura do vermelho com o amarelo. Isto é: nenhuma coisa nem outra.
O espírito proferiu a frase com candura, não em tom de censura ou condenação. Entendi como um alerta, ou um convite para que nós, os cristãos, passemos a exercer nossas prerrogativas com autenticidade; sim, sim; não, não; Necessitamos abandonar os “meios termos” e perder o medo de contrariar aqueles que aparentam bondade, mas que no fundo são obreiros da iniqüidade. Jesus não veio para adular ninguém, ele mesmo disse que veio para trazer a contrariedade:
“Não vim trazer a paz, mas a espada”
A atitude política, só interessa as forças luciferianas que avançam sem ter resistências significativas. Isso não quer dizer que devamos fazer a guerra, mas que devamos expor nossas posições claramente.
Em Fátima, Maria anunciou o que precisava ser conhecido, por mais duras que fossem as revelações.
Nosso cristianismo ficou circunscrito apenas aos problemas pessoais enquanto a vida como um todo fica ameaçada. Deixamos de lado as causas da decadência da humanidade e procuramos a salvação pessoal. Quando recebemos uma graça ou um milagre, achamos que somos mais merecedores que outros, que estamos mais perto de Deus por isso. Não nos esqueçamos que muitos mártires e santos, mais próximos de Deus, sofreram mais que nós. Mas nunca perderam sua fé porque entenderam como o mundo trata os filhos de Deus, porque o mundo entregou-se aos anjos decaídos. Prosperidade e riqueza podem não revelar uma graça de Deus, mas proximidade com Lúcifer. Precisamos estar alertas. Muitas vezes demonstramos uma alegria advinda de meios suspeitos. Ganhos inesperados, por exemplo, é preciso estar atento, pois a riqueza é uma prova aos filhos de Deus. Lembremo-nos que Jesus foi tentado a abraçar a riqueza e recusou, porque sua proposta era a de uma sociedade onde a partilha é a garantia contra as forças dos anjos decaídos.
Como já abordei, os primeiros cristãos viveram através da partilha, mas a Igreja desviou-se deste caminho. No inicio do século 13 Jesus apareceu para Francisco de Assis e pediu-lhe para recomeçar a Igreja com o mesmo modelo que ele fundara. Francisco era rico e abandonou tudo para viver em comunidade. Convidou seus amigos recolheu os miseráveis de Assis. Sobre esse fato tive uma visão em sonho: Vi a cidade de Assis e o grupo de franciscanos recolhendo mendigos à noite. Eu estava entre eles, ouvi vozes vindo de uma janela. Uma mulher reclamava do grupo que recolhia aqueles excluídos. Uma voz masculina disse:
__ Deixe-os! O cheiro deles é insuportável. Ao menos limpam as ruas.
Acredito que aquele morador era cristão e observava os mandamentos da Lei de Deus. Mas não dera o passo à frente que Jesus pediu. Não entendeu a “novidade” a “boa nova” a proposta do Cristo; o “Evangelho” que na sua essência está a vida em comunidade.
Muitos podem achar que esse modelo de vida é primitivo e que a “modernidade” exige outras formas de civilização, mas o modelo atual demonstrou que não tem nada de moderno ou avançado, ao contrário está destruindo o mundo que Deus criou. Será que alguém tem dúvidas sobre o que Jesus nos pediria se voltasse hoje? Será que ele aprovaria os altos salários, os altos lucros, as altas aposentadorias, os privilégios, o bem estar de uns poucos e não o de todos? Alguém dúvida que ele iria bater de casa em casa pedindo que repartissem seus bens com os pobres? Vamos esperar esse dia chegar ou vamos tomar essa atitude hoje mesmo?
Quando fugimos da partilha e nos interessamos em aumentar nossa conta bancária, estamos deixando Jesus e abraçando a Besta. A partilha é a antítese de Lúcifer. Se o mundo viver em partilha, os anjos decaídos serão vencidos.
A sociedade cristã poderia começar abolindo o juro como os muçulmanos já o fazem. Consideram o juro como pecado de usura. Venda e compra do próprio dinheiro, sem ter produção agregada a ele. O juros dilacera e empobrece a humanidade. A existência das dividas é fundamental para o plano dos espíritos luciferianos.
O livro “Nosso Lar” ditado por André Luiz e psicografado por Chico Xavier relata que naquela cidade, toda pessoa que trabalha recebe o “Bonus hora”, um bônus relativo ao tempo de trabalho de cada um. Devemos prestar bem atenção a esse procedimento; o credito recebido está ligado ao trabalho laborativo. Na terra o credito não esta ligado à produção somente, foram criadas outras formas de se obter créditos, estas formas criam distorções sociais e miséria.
Estamos em uma época de transformação e é preciso assumir atitudes que façam com que o planeta se alinhe novamente ao plano divino, expurgando os males advindos das esferas inferiores. Evidentemente não temos tanto poder para isso, mas podemos fazer nossa parte, cerrando fileiras e não permitindo a proliferação de atitudes desonestas e egoístas e, sobretudo, identificando aqueles que querem fazer da Terra um campo de exploração para beneficio de si - mesmos.